SANTA EDWIGES
Edviges da Silésia
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Santa Edviges
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Edviges da
Silésia ou Edviges de
Andechs (Andechs, 1174 — Trzebnica, 15 de outubro de 1243) é uma santacatólica. Na Polônia
é conhecida como Jadwiga
Śląska.
Depois da morte
do marido e dos filhos, passou a residir no mosteiro onde sua filha
era abadessa e dedicou-se a ajudar os carentes. Com seu próprio dinheiro,
construiu hospitais, escolas, igrejas e conventos. Ganhou fama de protetora dos
endividados por ajudar detentos da região, presos por não terem recursos para
pagar suas dívidas. Foi proclamada santa pela Igreja
Católica em 1267.
O dia 16 de outubro é dedicado a
Santa Edviges, popularmente conhecida como protetora dos pobres eendividados.
Biografia
Edviges nasceu
em 1174 na Alemanha. Filha de Bertoldo IV, duque de Merânia, e de sua esposa, Inês
de Rochlitz.[1], foi
criada em ambiente de luxo e riqueza, o que não a
impediu de ser simples e viver com humildade. O seu bem maior era o amor total
a Deus e
ao próximo.
Aos 12 anos,
casou-se com Henrique I, o Barbudo, príncipe da Silésia (um dos
principados da Polônia medieval e atual região administrativa da Polônia), com quem
teve seis filhos, sendo que dois deles morreram precocemente. Culta,
inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da formação religiosa dos filhos e do
marido.
Mulher de
oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor. Submetia-se
ao sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns legumes secos nos
Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e Sextas-feiras somente pão e
água. Isto sempre em quantidade limitada, somente para atender as necessidades
do corpo.
No tempo do Advento e da Quaresma, Edviges se
alimentava só para não cair sem sentidos. O esposo não aceitava aquela
austeridade. Numa Quarta-feira deQuaresma ele esbravejou
por haver tão somente água na mesa sendo que ele só bebia vinho. Edviges então ofereceu-lhe uma taça,
cujo líquido se apresentou como vinho. Foi um dos muitos sinais ou milagres que
ela realizou.
Algum tempo depois
Edviges caiu vítima de uma grave enfermidade. Foi preciso que Guilherme, Bispo
de Módena,
representante do Papa para aquelas regiões, exigisse com uma severa ordem a
interrupção de seu jejum. A Santa dizia que isto era mais mortificante do que a
sua própria doença.
Dedicou toda sua
vida na construção do Reino de Deus.
Exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo marido,
interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo.
Junto com o
marido construiu Igrejas, Mosteiros, Hospitais, Conventos e Escolas. Por isto,
em algumas representações a Santa aparece
com uma Igreja entre as mãos.
Aos 32 anos, fez
votos de castidade, o que foi respeitado pelo marido. Quando ficou viúva, foi
morar no Mosteiro de Trzebnica, na Polônia, onde sua
filha Gertrudes era superiora. Foi lá que Edviges deu largos passos rumo à
santidade. Vivia com o mínimo de sua renda, para dispor o restante em socorro
dos necessitados. Ela tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças
abandonadas. Encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em
casos de guerra e as crianças
para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e socorria também os
endividados. Em certa ocasião, quando visitava um presídio, ela descobriu que
muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as suas dívidas. Desde
então, Edviges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade.
Procurava também para eles um emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com
dignidade, evitando a destruição as famílias em uma época tão difícil como era
aquela do século XIII. E ainda
mantinha as famílias unidas.
Assim, Santa
Edviges, é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e protetora das
famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1243. E foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV.
Como no dia 15 de Outubro celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de Santa Edviges
passou para o dia 16 de Outubro.
Modelo de esposa, celibatária e viúva, a Santa não faltava à Missa aos
Domingos, e isto ela pede aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos
necessitados.
O convento de Kitzingen foi fundado no
tempo de São
Bonifácio, por volta do ano de 750 e
ficou conhecido como educandário para moças. A fundadora deste centro foi Santa
Hadeloga, cujo culto foi particularmente intenso no século XII, quando
foi escrita sua biografia. A forma definitiva da Abadia de Kitzingen foi dada
por sua sucessora, a Priora Santa Tecla,
falecida pelo ano 790. O programa de estudos e educação nas
escolas conventuais, especialmente para moças, foi baseado nas instruções
pedagógicas de São
Jerônimo e
aplicado nas escolas das Ordens religiosas por vários séculos. Este famoso
Doutor da Igreja, grande
erudito na Bíblia e fundador de
comunidades monásticas femininas não deixou um sistema completo de formação
para a vida religiosa, mas sim orientações pedagógicas. Quando, em 1817, o Concílio de Aquisgrana publicou suas
deliberações sobre a educação religiosa feminina nos conventos, as
recomendações deSão
Jerônimo constituíram
as bases da educação para as moças nas escolas conventuais até os inícios do século XIX.- O
processo de formação envolvia a educação religiosa, intelectual e prática.
Edviges
permaneceu naquele convento quase sete anos. Neste tempo esteve em contato
direto com o estilo beneditino de vida, inspirado em São Bento de Núrcia e Santa
Escolástica, sua irmã. Isto significa: vida comum, orações
freqüêntes durante o dia, meditação, leitura diária da Escritura, leitura
durante as refeições e, sobretudo, uma liturgia solene, que envolvia a mente e
o coração de todos.
As alunas
aprendiam a língua latina para participarem da leitura em comum dos Salmos e
outras leituras. Liam também as obras dos santos escritores dos primeiros
séculos da Igreja, chamados os
Pais ou "Padres da Igreja", que mostravam os modos de viver,
concretamente, a Palavra da Bíblia.
A respeito do
estudo da Sagrada Escritura, lemos na biografia de Santa Edviges: "Na sua
mocidade ela estudou no Mosteiro de Kitzingen a Sagrada
Escritura. Desta forma ela conseguia compreender e ordenar seus afazeres de
cada dia. A Bíblia foi para ela
fonte de consolação interior e de devoção." É bom lembrar que, nesta
época, o analfabetismo era a norma comum, sendo muito difícil encontrar uma
mulher que soubesse ler e escrever e que tivesse formação. Assim, Edviges e
outras de seu tempo tiveram a felicidade de viver em um ambiente favorável à
cultura e ao pensamento.
O aproveitamento
dos talentos de nossa Santa Edviges foi estimulado pela convicção de que
"A santidade da vida, unida ao saber, garante à alma maior glória dos
céus", conforme suas próprias palavras.
Além de estudar
e aprofundar-se nas devoções de sua época, Edviges encontrou no Mosteiro de Kitzingen vários
conhecimentos práticos, tais como a arte de escrever com cuidado e aplicação as
chamadas "iluminuras". Estas eram decorações que se faziam nos
livros, todos escritos à mão pois não havia sido inventada a impressa ainda. As
iluminuras eram desenhos de letras e decorações das mais diversas formas,
geralmente muito pequenas e delicadas, mas de grande beleza.
Além das
iluminuras Edviges aprendeu a execução de bordados artísticos. Outra habilidade
aprendida por Edviges foi o canto vocal e a execução de vários instrumentos da
época. E junto a tudo isto ela foi instruída a cuidar de uma casa, o que
significava ser responsável por vários empregados; aprendeu a cuidar de doentes
e administrar hortas e jardins que davam os frutos para o consumo das pessoas e
animais, bem como eram fontes de remédios.
Edviges alcançou
uma excelente formação humana, cultural e religiosa no Mosteiro de Kitzingen. Sua
biografia oficial apresenta a avaliação de seu aproveitação com a expressão
latina "bene literata", o que quer dizer que ela expressava ótimos
conhecimentos culturais.
Nossa Santa
Padroeira levou por toda a vida uma forte influência deste período de educação.
Uma de suas mestras, chamada Petrissa, foi nomeada por Edviges, vinte anos
depois, Abadessa do Mosteiro de Trzebnica.
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